OS LOBOS
Oh morte de longas negras vestes
De garras afiadas, foice na mão
Oh amiga esperança que agarra a alma
Que acelera tão forte o coração
Granito polido, escorrido do céu
Soltam uivos de medo ou escuridão
Entre os lobos que anunciam a morte
Largam suspiros arrancados no peito
Capa sombria que lhe cobre o corpo
Fecundadas mágoas das dores sentidas
Lágrimas soltas caídas nas velhas eiras
Nas pedras frias que já cobrem os ossos.