OS LOBOS

Oh morte de longas negras vestes

De garras afiadas, foice na mão

Oh amiga esperança que agarra a alma

Que acelera tão forte o coração

Granito polido, escorrido do céu

Soltam uivos de medo ou escuridão

Entre os lobos que anunciam a morte

Largam suspiros arrancados no peito

Capa sombria que lhe cobre o corpo

Fecundadas mágoas das dores sentidas

Lágrimas soltas caídas nas velhas eiras

Nas pedras frias que já cobrem os ossos.

Isabel Morais Ribeiro Fonseca
Enviado por Isabel Morais Ribeiro Fonseca em 07/10/2020
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