PERDIDA NO TEMPO
Perdida no tempo
Dispo-me de toda a roupa
No meio da poeira das minhas memórias
Sem miragem, sem paisagem, pelo infinito escuro
Dispo-me de todo o peso do corpo, da alma, da vida
Que pesa-me, marca-me e escraviza-me
A falta do teu olhar é como
Um punhal imaginário cravado no peito de tanta
Tanta solidão, dor da tua ausência
De tanta ausência de nós, nós meu amor
Senti frio, medo e angústia
Não quero sofrer mais na escuridão
Vou ao encontro de mim mesma
Nesta estrada que me leva até ti amor.!