Tão Escuro
Vacilante, quase tímida,
Um reflexo indefinido
Lá no escuro do céu
Um reflexo indefinido
Lá no escuro do céu
Tenho a sensação de vê-la,
Envolta em um tênue brilho,
Inutilmente escondida,
Porque eu sei que está lá
Difícil encontrá-la,
Noites tão frias e escuras
Sem estrelas, sem luar
Aponto a luneta,
Lembro suas facetas
Com qual delas
Se haverá de mostrar?
O negror da escuridão
É sem brilho, sem retorno,
Sem mensagens, sem olhar
Talvez, numa noite qualquer,
A lua cheia
Possa exibi-la, brilhante,
Num pingente, num colar!
E nesse momento, sem fôlego,
Tão menino, ousarei perguntar:
Onde foi, por que foi,
Em qual constelação foi morar?