Tão Escuro

 
Vacilante, quase tímida,
Um reflexo indefinido
Lá no escuro do céu

Tenho a sensação de vê-la,
Envolta em um tênue brilho,
Inutilmente escondida,
Porque eu sei que está lá

Difícil encontrá-la,
Noites tão frias e escuras
Sem estrelas, sem luar

Aponto a luneta,
Lembro suas facetas
Com qual delas
Se haverá de mostrar?

O negror da escuridão
É sem brilho, sem retorno,
Sem mensagens, sem olhar

Talvez, numa noite qualquer,
A lua cheia
Possa exibi-la, brilhante,
Num pingente, num colar!

E nesse momento, sem fôlego,
Tão menino, ousarei perguntar:
Onde foi, por que foi,
Em qual constelação foi morar?
Germano Ribeiro
Enviado por Germano Ribeiro em 25/08/2020
Reeditado em 28/08/2020
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