O temporário desespero e a morte da razão
Acordar e sentir seus braços enroscados nas cobertas
Respirando nela e o abafado hálito aquece a ponta de seu nariz
Você morde-a e aperta até sentir rasgá-lo
No audível início do lacere, para e treme a espinha
Os pés gelam e a cor muda
Olhos doem e as juntas reclamam sua constante dor vagarosamente
Pequenos estalos ditam as ondas de seu humor que sobe e desce
Lágrimas ligeiras lhe acalmam e seus olhos fecham-se
Acorda e já são dezenove horas e cinquenta e quatro minutos
E toda a razão torna-se um branco anestesiante
E aqui resta apenas você e todos os outros
Muitos outros