SÚPLICA DO SOLITÁRIO
E o vento que entrelaça pel'alma
Se esvazia num olhar
A quem se pudesse remediar na calma
Se encontra na trilha do despertar
A quem suplico vagamente - não sei bem
Ao tempo que passa remotamente
Julgando as faces do destino
De quem pudera ter alcançado algo além
Para que viva mais intensamente
Ensinuando a vida, num olhar franzino
Pela metade a gente se contempla e venera
Perto do fim a chave do recomeço
Tão longe o quão deveras ser?
A imensidão de quem se prepara
Pra ir ao fundo dos olhos se paga um preço
Na solidão das horas que passam
Intermináveis dias que parecem sem fim
Almejando somente saber o começo de tudo
E o começo de tudo se descobre na vida
Nas experiências das aventuras e afins.