BEM LONGE DESTA JANELA
E já é meia noite outra vez!
Meia-noite, nas calçadas e nos bares,
nos abraços enamorados,
na solidão diante dessa tela!
Eu queria outra meia-noite neste hoje
que é de novo sexta-feira,
outra sexta que promete
solidão das boas...
Que faço eu aqui, a escrever
que não estou onde
há verdadeira vida e
onde mãos se tocam
e olhos sorriem
esperançosos ...?
Neste hoje que já se faz
ontem,
nesta sala silenciosa,
o tempo e o hoje
são sempre os mesmos,
as meias noites marcadas
como traços na areia,
os hojes virando ontem,
palavras que se apagam
lavadas por ondas,
dores que acalmadas
não mais impedem o sono.
E dentro de nós o coração
a bater suas badaladas,
nos informa inclemente,
do nosso tempo particular,
dos amores tristes que
não o fazem estremecer.
Pra tal relógio não existe
a hora, o minuto, o ontem
e o hoje.
Para o coração existe urgência,
simplesmente,
urgência de descobrirmos
a nossa finitude e a vida que
passa lá fora, bem longe
desta janela...
E já é meia noite outra vez!
Meia-noite, nas calçadas e nos bares,
nos abraços enamorados,
na solidão diante dessa tela!
Eu queria outra meia-noite neste hoje
que é de novo sexta-feira,
outra sexta que promete
solidão das boas...
Que faço eu aqui, a escrever
que não estou onde
há verdadeira vida e
onde mãos se tocam
e olhos sorriem
esperançosos ...?
Neste hoje que já se faz
ontem,
nesta sala silenciosa,
o tempo e o hoje
são sempre os mesmos,
as meias noites marcadas
como traços na areia,
os hojes virando ontem,
palavras que se apagam
lavadas por ondas,
dores que acalmadas
não mais impedem o sono.
E dentro de nós o coração
a bater suas badaladas,
nos informa inclemente,
do nosso tempo particular,
dos amores tristes que
não o fazem estremecer.
Pra tal relógio não existe
a hora, o minuto, o ontem
e o hoje.
Para o coração existe urgência,
simplesmente,
urgência de descobrirmos
a nossa finitude e a vida que
passa lá fora, bem longe
desta janela...