Saudação
Boa noite meu silêncio.
Vá pela noite enquanto é cedo.
Posso ficar só, não há medo.
A noite escurece, mas posso clareá-la
com os toques dos meus poemas.
Vá, vista sua túnica branca.
Leve também o azul,
a gota que ficou nos olhos.
Bons fluidos, meu silêncio.
A noite se faz quieta.
A cidade, no cansaço repousa
e a saudade passeia em cada um,
enquanto o amor acorda e grita.
Algum nome ressoa bem perto.
O silêncio traga e se cala.
Boa noite, nosso silêncio
que caminha baixo,
roendo meus barulhos,
fechando minhas portas sem saída,
lacrando as janelas pequenas.
Pode saltar para o mundo.
Posso ficar só, eternamente só,
contribuindo para que exista,
nesta poluição sonora.
Pegue suas trompas e harpas,
que eu fico à espera,
aguardando o escondido dia
sair lá do outro lado,
do outro lado do espaço
onde você deverá estar,
sem se esquecer de deixar aquela lembrança,
aquele pedacinho de silêncio comigo.
Boa noite meu silêncio.
Vá pela noite enquanto é cedo.
Posso ficar só, não há medo.
A noite escurece, mas posso clareá-la
com os toques dos meus poemas.
Vá, vista sua túnica branca.
Leve também o azul,
a gota que ficou nos olhos.
Bons fluidos, meu silêncio.
A noite se faz quieta.
A cidade, no cansaço repousa
e a saudade passeia em cada um,
enquanto o amor acorda e grita.
Algum nome ressoa bem perto.
O silêncio traga e se cala.
Boa noite, nosso silêncio
que caminha baixo,
roendo meus barulhos,
fechando minhas portas sem saída,
lacrando as janelas pequenas.
Pode saltar para o mundo.
Posso ficar só, eternamente só,
contribuindo para que exista,
nesta poluição sonora.
Pegue suas trompas e harpas,
que eu fico à espera,
aguardando o escondido dia
sair lá do outro lado,
do outro lado do espaço
onde você deverá estar,
sem se esquecer de deixar aquela lembrança,
aquele pedacinho de silêncio comigo.