Que importam as cores
Bastaria uma palavra,
viesse de onde fosse,
que o raiar de olhos azuis, verdes,
castanhos, não importa,
que fosse em minha direção,
para que tudo que o eterno diz,
que o tempo há de mudar,
para que a vida que foge hoje
tentasse falar de algo já tão esquecido,
distante das mãos, fora da palavra.
Não há o que se diga, nem ocasião.
A ausência que inferniza,
pode ser vasta, pequena,
mas existe, mora em lugares,
pequenos espaços que passo, fico.
É penumbra feito de nada,
sem luz, sem vozes,
sem passar de tempo
que corre lento, tentando me fixar,
pregar ao neutro.
Mas aqui dentro bate no peito,
sacode a alma arredia
que repele, arrepia
sem querer imaginar o segredo,
o mistério que esconde no amanhã.
Quero sim, uma palavra,
um olhar de despedida
para saber que fui lembrado,
enquanto me esquecia de viver.
Bastaria uma palavra,
viesse de onde fosse,
que o raiar de olhos azuis, verdes,
castanhos, não importa,
que fosse em minha direção,
para que tudo que o eterno diz,
que o tempo há de mudar,
para que a vida que foge hoje
tentasse falar de algo já tão esquecido,
distante das mãos, fora da palavra.
Não há o que se diga, nem ocasião.
A ausência que inferniza,
pode ser vasta, pequena,
mas existe, mora em lugares,
pequenos espaços que passo, fico.
É penumbra feito de nada,
sem luz, sem vozes,
sem passar de tempo
que corre lento, tentando me fixar,
pregar ao neutro.
Mas aqui dentro bate no peito,
sacode a alma arredia
que repele, arrepia
sem querer imaginar o segredo,
o mistério que esconde no amanhã.
Quero sim, uma palavra,
um olhar de despedida
para saber que fui lembrado,
enquanto me esquecia de viver.