Encontrarás
Quando vieres, já não mais encontrarás
o sereno retido nas folhas
tentando personificar as neves,
os toques ainda leves
que mancham meus cabelos.
Quando chegares, à porta estará aberta,
mas, encontrarás como antes, um alerta,
o balanço das árvores deixando folhas,
salvas, caindo por tua chegada.
Quando entrares, sentirás o aroma da poesia
marcada na ausência do dia a dia,
iluminando o recinto fechado e triste.
Então perceberás que pouco do que havia, existe.
Hás de ver por algum canto, traços
efêmeros, recordações amareladas,
envelhecidas no jovem tempo vencido.
Na velha prateleira, a luminária apagada
há de te falar por onde ando.
Sim, não vou esperar; o amanhecer é pequeno,
poucas vezes me virá, muitas ao mundo.
Quando vieres!...
foi uma longa guarda,
infinita na expectativa, minúscula na resposta.
Quando vieres!...
dormitar serena de ilusões,
ofuscada quando chega o despertar.
Quando vieres!...
feita nas palavras das sombras da saudade,
no incansável selar morno da chuva,
da mesma chuva que molhou a despedida.
Quando vieres, a porta estará aberta,
como aberto foi feito o mundo para mim;
só que, nunca havia antes tentado,
nem percebido alçar voos , fugir
para nunca ter que fingir,
sorrindo com vontade de chorar,
apenas para ser comum nesta vida estúpida.
Quando vieres, já não mais encontrarás
o sereno retido nas folhas
tentando personificar as neves,
os toques ainda leves
que mancham meus cabelos.
Quando chegares, à porta estará aberta,
mas, encontrarás como antes, um alerta,
o balanço das árvores deixando folhas,
salvas, caindo por tua chegada.
Quando entrares, sentirás o aroma da poesia
marcada na ausência do dia a dia,
iluminando o recinto fechado e triste.
Então perceberás que pouco do que havia, existe.
Hás de ver por algum canto, traços
efêmeros, recordações amareladas,
envelhecidas no jovem tempo vencido.
Na velha prateleira, a luminária apagada
há de te falar por onde ando.
Sim, não vou esperar; o amanhecer é pequeno,
poucas vezes me virá, muitas ao mundo.
Quando vieres!...
foi uma longa guarda,
infinita na expectativa, minúscula na resposta.
Quando vieres!...
dormitar serena de ilusões,
ofuscada quando chega o despertar.
Quando vieres!...
feita nas palavras das sombras da saudade,
no incansável selar morno da chuva,
da mesma chuva que molhou a despedida.
Quando vieres, a porta estará aberta,
como aberto foi feito o mundo para mim;
só que, nunca havia antes tentado,
nem percebido alçar voos , fugir
para nunca ter que fingir,
sorrindo com vontade de chorar,
apenas para ser comum nesta vida estúpida.