Egoísmo


Ah! Meus passos vagos, sem ninguém,
Caminho sozinho pela calçada.
Meus passos são ecoantes
Dentro de mim mesmo.
E eu me faço rendido
Ao passo dos amores perdulários.
Sigo a rota dos solitários,
Trôpego, combalido;
E tudo me faz crer,
Que serei eternamente só.
Ah! Meus passos sem ninguém;
Em busca da alma gêmea;
Da estrela que a menina me prometeu;
Até quando senhor,
Perscrutarei o infinito assim tão só?
Ah! Esta vida vazia e triste;
Em minha frente uma criança chora;
Mais a frente outra também.
Oh Deus! Será que você não existe?
E em meio a tanto sofrimento, eu lamento por tão pouco...
Por meus passos vagos, sem ninguém.