Portas e Sonhos

Ele éra um que sempre sonhava.

Toda noite até o nascer do sol.

Sempre sorrindo.

Olhava as pessoas com olhar de bondade.

Inventava histórias, construía brinquedos.

Ele só queria portas abertas.

Cantar músicas e espalhar flores.

Ele queria um amor, ter alguém para sempre.

E um lugar simples para descansar e sonhar.

Ele queria filhos para brincar,

No seu campo de flores.

Sorrindo.

Ele queria que todos comessem pão.

E bebessem bebidas doces.

Que todos vivessem sem medos.

Sem porões, sem chicotes.

Sem dores.

Mas alguém um dia gritou.

"Ei você! Quem foi que te permitiu sonhar?

Todos não podem ser iguais.

Os seus sonhos são meus.

Segue seu caminho sozinho".

E muitos acreditaram nisso.

No louco que não permitia nada.

Fecharam as portas.

Pararam de sorrir.

E jogaram os sonhos no mar.

E ele chorou sozinho.

Mas não deixou de acreditar.

Continua plantando flores,

Sua porta continua aberta,

Sonhando e querendo amar.

Antonio Candido Nascimento
Enviado por Antonio Candido Nascimento em 11/07/2020
Código do texto: T7003065
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