IOLANDA
Iolanda
Te vi pelo campo molhado
Buscando entre as tulipas um moço
Que iria te estender a mão
E te levar pela trilha dos girassóis.
Iolanda
Seus pés estavam descalços
Pisando o capim tão gélido
Fazendo as tulipas sangrarem
Debaixo de seus calcanhares.
Mas, Iolanda, você foi
Pra lá dos cercados, dos girassóis
Sonhando com um rosto no horizonte
Do moço que até o fim da tarde
Não lhe apareceu.
Mas, Iolanda, você foi
E era para ter ficado!
A quarta-feira era de chuva e então...
Como sairia, Iolanda, na tarde fria
Um moço que vivia do verão?