SOMBRAS TUAS
A luz branca da lua
Que me banha com seu carinho
Desenha sombras no chão,
Para que eu não ande sozinho
O vento morno me abraça
Num leve redemoinho
A quentura da terra sobe
Aquece o ar devagarinho
O silencio da noite desce
Sossegando do mar o burburinho
Os pirilampos voam iluminam
Para que não me cortem os espinhos
Todavia os meus pensamentos
Perdidos em torvelinho
São sombras dos sonhos mortos
Que me põe em desalinho
A inquietação da noite me traz
Em infinitos desterros, velhos moinhos
Tenho flores mortas, em minhas mãos
Contudo, com elas enfeito meu caminho!