Aprisionado

Eu não estou na sala de visitas,

não estou naquelas risadas ou nas conversas de sexta à tarde, acompanhadas por uma taça de vinho.

Não estou nas fotos dos álbuns de família,

nas fotos com os tios ou nas lembranças dos

vizinhos.

Eu não vivo naqueles abraços falsos,

cujas próprias mãos me aprisionaram

durante tanto tempo.

Estou cercado por grades,

me sinto sozinho e preso em um porão

escuro e frio.

Eu não escolhi passar por tudo isso,

chorar essas lágrimas,

estar solitário e

ser um aprisionado.

As cordas que me aprisionam são as mesmas

que usarei para fugir,

já consigo ver a luz e

os sorrisos substituíram as lágrimas,

meu rosto brilha no sol,

vou de encontro a lua e lá estarei vivo,

livre,

e na terra serei uma eterna lembrança de um

aprisionado.

Márcio André Silva Garcia
Enviado por Márcio André Silva Garcia em 19/06/2020
Código do texto: T6981488
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