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Nessas noites chuvosas, os braços frios da solidão me envolvem com uma melodia melancólica e silenciosa, que só meus ouvidos podem ouvir.
Meu corpo frio queima na fogueira das incertezas;
Corro o olhar ao redor e não alcanço nada além do vazio cheio de dor.
Um cheiro de ausência paira no ar, meus passos lentos a esmo percorrem caminhos de pedras e espinhos;
Lá fora os amantes de amam e seus gozos são paliativos que mantém seus corpos aquecidos, mas o vazio ainda está lá , se enganam e acabam convencidos por suas próprias mentiras , porque solidão é para quem sabe sentir;
Sinto-a até que ela se dissipe;
Não arranco-a , vivo-a até os seus últimos minutos,
Saboreio-a com gosto de fel a espera do mel, pois a libertação me alcançará.