ABULIA
Pelas narinas um suspiro estilhaça o canto mudo das borboletas
Em brisas imaginárias que existem, posto que pensa.
Implantes vertiginosos de alma e espaço
Cotovelos que apoiam incertezas.
Sem saber como queres que te queira,
Suspendes passados como lareiras.
Faíscas caem sobre o teto do outro
Que arde sem saber o porquê queima.
Quando falas que muito dizes em teu calar,
são como janelas que abres para que te vejam.
- O que diria o outro, caso veja?
Decerto ficaria confuso
Sem saber o que desejas.