Sequestro
Fiquei eu sem os meus versos
Minha cadeira balança vazia,
E o gole de vinho na taça, no frio
Relembra o sobejo de minha alegria.
Pois houve em mim, um sequestro
Vi a neblina ao longe embaçar,
Nem sei se o que vi era mesmo verdade
E tudo parece mudar de lugar.
Testemunho então, meu próprio crime
De roubar com esmero o que eu escrevia,
Agora em apuros gritando sem fim
Choram os versos sem as tristes linhas.