OS PASSOS DA SOLIDÃO

Meus amigos estão sumindo nas estradas

Feito semente vão se espalhando na floresta

Estou ficando cada vez mais só e cansado

A solidão se dilui em minhas frestas

Queria um amigo para cada dia de bar

Mas estou ficando impregnado de minha casa

Objetos cheios de rotina vejo voando no ar

Começo a sentir-me castigado como brasa

Como se minha vaidade fosse privada de aplausos

Sou ator de um monólogo chato e sem sentido

Fechando-me em mim, sou meu claustro

Como um louco, sinto meu tempo perdido

Queria ter coragem de não temer a morte

Pois a vida deixou em minha alma profundos cortes...

Audsandro do Nascimento Oliveira
Enviado por Audsandro do Nascimento Oliveira em 13/06/2020
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