MINHA NOBRE AMIGA
Izaias Veríssimo de Castro
08/06/2020
Ontem, logo no nascer da noite
“Minha nobre amiga” apareceu...
Eu estava inquieto, entediado
Resquícios da nódoa do descontentamento
Que vez ou outra sendo a dona da razão
Parece vir pelo sopro do vento
Envolta na poeira, tombando nos ares
Sei lá! Talvez pelos raios solares
Que adentram meus poros a tanto me aquecer
A ponto de em choro eu “me derreter”
E ficar assim, literalmente desolado
Oh minha nobre amiga perdão! Que bom lhe ver!
Sinceramente não estava hoje, lembrando de ti
Tão incrédulo que até então estava, insano
De tantas coisas já pensando em desistir
Já imaginando uma noite sem sono
E o “escuro” dentro de mim se perpetuando
Tu tens realmente uma varinha de condão
Que num suave clarear bane de mim
O tédio que me faz pensar que sou em vão
Me banha de cristais, traz a cura pro meu pavor
Me emerge ao ápice da volúpia da vida
Faz novamente com que eu acredite no amor
Oh minha nobre amiga, tu és pura
Quantas vezes já me curastes
Hoje novamente veio quietinha sem alarde
Veio ser nos meus momentos de fraqueza
O meu inabalável baluarte
Que bom que nossas fases se contrastam
As minhas são instáveis e certeiras são as tuas
Só tu tens esse resplendor e essa magia
Minha nobre amiga LUA.