Espera
A luz que brilha em cada espera,
o que vai em cada madrugada
rompendo os anseios,
buscando saudades
do amor, que também se foi,
foi, como tudo se vai.
Ontem já passou e não voltará jamais;
como folhas de jornais,
velhas, jogadas ao relento,
no fogo, hoje em cinzas.
O amor se foi, porém
o dia vai, mais um que vem,
passeia em toda madrugada,
bem antes que eu possa dormir.
São soltas as passagens,
fechadas as bagagens.
É mais um tempo de guarda,
de vigília sem enredos;
pelas cismas, os medos
das noites escuras, nos abstratos ruídos,
barulhos silenciosos que só a noite tem.
Mas a espera, já sem brilho,
esbarra no último cigarro,
pelos raios primeiros da manhã.
A luz que brilha em cada espera,
o que vai em cada madrugada
rompendo os anseios,
buscando saudades
do amor, que também se foi,
foi, como tudo se vai.
Ontem já passou e não voltará jamais;
como folhas de jornais,
velhas, jogadas ao relento,
no fogo, hoje em cinzas.
O amor se foi, porém
o dia vai, mais um que vem,
passeia em toda madrugada,
bem antes que eu possa dormir.
São soltas as passagens,
fechadas as bagagens.
É mais um tempo de guarda,
de vigília sem enredos;
pelas cismas, os medos
das noites escuras, nos abstratos ruídos,
barulhos silenciosos que só a noite tem.
Mas a espera, já sem brilho,
esbarra no último cigarro,
pelos raios primeiros da manhã.