Cores,rancores            ( Imagem Google)





Riscos marcaram a noite escura.
A fome explode nas almas
e se abre às guerras;
as flores pisoteadas,
o caminho se torna lutulento,
a brisa se faz em vento.
Seu sorriso foge, se esconde,
seus cabelos já não tocam meu rosto,
faço o oposto,
retorno ao primitivismo,
acompanho os traços do céu.
Cada risco é um colorido de sangue,
apenas preto e branco; as raças,
também tintas de vermelho.
Meu interior transpõe a vidraça,
choca-se contra o espelho.
Floresce a imagem
antes rebuscada pela fertilidade dos sonhos,
se debruça,
desencanta, soluça,
compadecida pela humanidade,
que foge, se esconde da paz,
enquanto os riscos já marcam meu rosto,
enquanto o tempo foi bem pouco,
bem pouco para as guerras,
com tanto amor à dar.