Desencanto
tenho flores que não cuido
dado aos passos obscuros
planta a alma que me guia
planta e colhe apatia
sente drama na minha cama
pede mais e se derrama
que escorre pelas mãos
aridez e compaixão
mas não compadece de nada
na espinha o frio que cala
olha a morte no espelho
é seu norte o tempo inteiro
choram rosas que se dane
minha mente está em pane
seja claro ou não
meu coração está na mão