Poesias antigas - tempos de depressão
Parece que estou dormindo
O pesadelo é até confortável
Entediante, mas confortável
Não posso sair, não consigo acordar
Torço para estar apenas num guarda-roupas narniano
Torço para que o tempo não passe no mundo real
Até que posso voltar à minha vida cotidiana
Sei que o pesadelo é mais que real
Tento me convencer do contrário, mas não
Estou só, num lugar que não quero estar
Sem comunicação com o mundo lá fora
Quero ir embora, voltar para onde possa ser eu
Recebo apenas alguns sinais, algumas poucas notícias
Quero abraçar aqueles que deixei dormindo quando tive que partir
Mas não posso abandonar a necessidade de minha presença.