Incógnita

Foge, pensamento tenebroso!

Arreda-te de minha ideia!

Estou farta da solidão que me consome

Não vês?

Quem pensa que és?

Tu não és o que pensas!

Chegar e fazer voar

Todos os amores e desejos

Consumir o gosto de todos os beijos

Afasta-te de mim!

Deixe-me só

A solidão não me consome

O que me consome é você em meu ser

Afasta-te de mim!

Deixe-me com a solidão que pensas que me possui,

Mas não possui!

O que me possui?

São os pensamentos miscigenados

Aos sonhos risonhos da magia

Que meus desejos criam

Para habitar meus dias sombrios e vazios,

Pois a noite insiste em permanecer.

Oh, sombras! Que me perseguem

Impedindo-me desvendar esse enigma

Apartar-te as de minha alma!

Assim verei a luz

De meus felizes dias

Que foram entregues a ti,

Oh, pensamento tenebroso!

Não me assusto com teu rugido

Meu brado é forte

Brado o amor e a paixão que coabitam

O jardim florido e perfumado que trago em mim.

Tu és a consciência inconsequente

Desse tempo delinquente em que vivo

Não se atenhas a mim

Sou faísca de luz

Nesse universo que me conduz

Onde posso afirmar

Sempre serei eu

Eu e meus pensamentos

Todo tormento tem fim.

VeronicAlves
Enviado por VeronicAlves em 19/05/2020
Código do texto: T6952413
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