A Canção do Silêncio

O vento entreabre a janela.

Cautelosamente, caminho ao encontro do som

que invadiu o meu quarto

e desfila afrontoso,

cantarolando uma ode inaudível.

Os meus ouvidos,

turvos de timidez,

hesitam.

Vagarosamente, esgueiram-se para fora,

e, juntamente dos demais sentidos,

pasmam.

A Lua, Cheia de si,

celebra o anoitecer

entoando

A Canção do Silêncio.

Jeane Tertuliano
Enviado por Jeane Tertuliano em 13/05/2020
Código do texto: T6946515
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