Lúgubre
Sorrateira solidão
A se aproximar de mim
Silenciosamente
Quando os pássaros emudecem
Os cães se aquietam
Quando os anjos repousam nas hostes celestiais
Quando as luzes das casas se apagam
Ela segue pela rua, rua que dorme, como uma criança nos braços da mãe
Ó traiçoeira solidão, a caminhar pela calçada
Sem fazer ruídos
Por entre árvores passa, está à minha procura
Quer me fazer companhia
Eis, ela chega, vem, invade o quarto, ao meu lado deita
Na noite de céu escuro, negro, macabro, lúgubre...