Inquietações

Isso que carrego que me consome até as vísceras

Essas inquietações que carrego por existir

Vou morrer de ódio dessa vida

Com uma canção cortante vou louvar a morte

Quero colocar fogo em tudo que sou até aqui

Quero correr pela cidade com o corpo em chamas

Amaldiçoar esse corpo que peguei emprestado para carregar essa agonia de ser gente

Vivo desse ódio de tudo que um dia já amei

Sinto mais ódio de mim quando convivo com pessoas

Essa voz desesperada que me diz que não sei sobre convivência

Devo persistir na indiferença

Nesse não ter cor

Eu não sei viver sem esse ódio e desprezo de mim mesma