A SERVIÇO DA COROA
Navegando em águas que refletiam os medos e as agonias que outrora foram grandes navegantes.
Meus pêsames as mulheres desses sem sortes que deixaram a terra de além mar.
Somente com incertezas.
- Eu estou aqui agora!, eu comando esta nau.
Na noite mais escura, quem está nela, sou eu e não temo a tempestade titanica que atordoa meus marujos.
Eu grito com toda força da minha sombria alma: vamos seu desalmados!
- Abaixem as velas!
- Remem seus amaldiçoados!
Em um instante revejo a noite que perdi meus companheiros no cabo das tormentas.
Eram bons homens! bebiam e cantavam no convés enfrentando a tempestade como se fossem loucos a procura do amor.
Eramos piratas sim!
Bebiamos rum sim!
Mas tudo isso acabou naquela noite profana.
Volto do meu lampejo de insanidade e vejo marinheiros assustados.
A tripulação cumprirá a sua missão, o nosso rei pediu para atravessarmos o atlantico, mas a minha missão é afundar com esse navio e reencontrar meu companheiros.
- Grito o muito mais alto: Sempre em frente!
Tenho lampejos rapidos com a minha vida de pirata, vejo o convés avariado, o casco destroçado, as batidas dos tambores altas e o chicotes estralando forte nas costas dos meus bons homens.
De repente para, só vejo os marujos da coroa afundando comigo.