Aralto 
 
 
Sou aquele das cálidas passagens pelos caminhos do amor; aquele que feriu a saudade com a constante presença.
Sou aquele que abraçou os sons do verão, reagiu contra as chuvas incertas, beijando as gotas que tímidas penetraram, correram pelo seu colo, acabando-se em seu seio.
Sou aquele que sorri pela manhã despertando pela alegria de mais uma alvorada.
Sou aquele que cultivo no ocaso as dores de quem tem saudade, lançando lampejos de luz.
Hoje sou aquele que ontem não existiu, que passou pela vida... Como a fumaça das nuvens.
Mas, aquele que te fala hoje sorri da existência vazia, fecundando esperança, a quem há de colher fé e amor.
Sou aquele que te fala, te agradece transbordando felicidade por ser aquele que sou.