A quem
Sou fruto das suas palavras; vivo o ter e o não ter, sem saber as causas... os porquês.
Sou tema de realizações, de sonhos como os seus... perdidos em êxtases e esperanças.
Sou também o azul daquelas, que me amam em segredo; a fé, o motivo, o medo.
Sou vento leve, que refresca sua mente, e borrasca pra aquele coração que grita, que suspira meu nome em sigilo.
Sou sua liberdade, seu raio de soluções imediatas.
Mas, sou o exílio, a derrota pra quem aspira minha palavra, pois, ela é sua, febrilmente sua.
Sou sim, quem decanta, quem fala, quem sorri em meio às perdas, solto, vago pelas ruas, sem ter a quem, que preciso das suas mãos, que sou sozinho sem ninguém.