DORES AO AMANHECER
Chuva despenca em noite fria
Vento que entra tempo sem calmaria.
No clarear, pois sim, esperança quando sol se abrir
Adentrando janelas abertas.
Pois será então o libertar das trevas,
Do peito assustado no leito pelas esferas da aflição.
Episódios que chegam sem convite
Céleres alvitres.
Será este, quem sabe, despertar do que invade em mágoa.
Sol chegando no horizonte
Rompendo, transpondo montes
Enchendo de cor e som num tom sem lágrimas.
Aquelas que descem o rosto
Tocam o chão
Rompem a esfera na imaginação,
Do descer em cachoeira
No rio margem que beira
Promiscuo em oceano lágrimas a misturar
Prantos de planos deixados ao mar.
Da janela vê-se o quintal
Um som em canto alerta um provável final
Dum tal dilúvio que adentrou profundo.
A ausência das névoas.