O exílio...

O exílio…

O fim trágico de um sentimento renegado,

Trás a partida inesperada de algo que foi idealizado, sentido e profundo,

Onde o silêncio clama em prantos a pedir socorro por respostas...

Ecoando grito de amor que era para ser eterno,

Deixando o desalento da ausência falar o silêncio,

Pois em dias frios as lembranças ficam dolorosas e constantes,

Desafiando à noite e seu mistério em sua escuridão,

Concretizando a solidão,

Fragilizando o limite do sentir e do que era indelével,

Deixando-me desnorteada ... sem direção...

Com tons cinzentos invadindo meus dias,

Negligenciando momentos felizes vividos,

Em um labirinto sem saída e sem escolhas,

Transformando o exílio em meu ser da minha única opção

Em meu próprio isolamento oculto,

Banhando-me em lágrimas cortantes, profundas e frias

Expondo fraquezas no meu jeito de amar,

Imergindo o lírico no abismo profundo da minh'alma,

Fagulhando lídimos sentimentos ao vento,

Onde a culpa é mortal, pois me entreguei a própria inocência,

Confiei em meu coração...

E hoje estou em meu mundo só!

Refém do medo e da solidão,

Em meu exílio sufocando a partida,

E deixando o legítimo sentimento morrer, enquanto morro ao seu lado.

Mônica Albuquerque

03/Abril/2020

Mônica Albuquerque
Enviado por Mônica Albuquerque em 03/04/2020
Reeditado em 03/04/2020
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