No alpendre da solidão
E aqui estou, depois de tantas compilações,
nas contradições de mim mesmo,
no nefando alpendre de minha solidão.
Arquitetando esquecimentos necessários,
fugindo de todos os meus contrários
e abismando-me no profundo vão.
Enquanto fico, é ela quem voa
distante, acompanhada, a toa...
tão livre num caminho sem fim.
Olho o céu de negrume intenso,
perto o bastante, mas ainda penso
que ela não foi feita para mim.