Tudo o que eu sou.
Eu caminho por sombras
Na penumbra da existência
Sou apenas mais um excluído
Sem lugar fixo para morar
Minha casa pode ser uma pocilga qualquer
Minha companheira uma barata chamada Dorotéia e um rato imundo chamado Ringo
Hoje eu estou aqui
Amanhã posso estar em qualquer lugar
Não tenho lar
Minha família é o silêncio e o abandobo
Sou estrada repleta de pedras e espinhos
E na jornada dessa vida, eu estou sempre sozinho
Sou o olhar de angústia que grita querendo falar
E eu sou principalmente aquele que seus olhos preferem ignorar.