Sorrisos vazios

Alguém sem rumo.

Indiferente, inconsequente.

Ninguém repara que sumo.

Que diariamente

uma parte de mim se vai

e eu não consigo me manter inteiro.

Tento encontrar o chaveiro

que continha a chave do meu peito.

Tento abrir meu coração

depois de tudo que você tem feito.

Eu sou um fantasma do que já fui.

Implorando para alguém me ouvir.

Um bobo feito apenas para os divertir.

Sem minhas asas não sei voar.

Preso nessa gaiola feita por mim

me condenei para sempre sim.

Fui burro e me perdi.

E nesse caminho sem volta me vi.

A cada respiração

sinto meu peito se inundar.

Estou num mar sem fim.

Estou perdido para sempre, enfim.

Um garoto inocente

que se torna um ser indecente.

Um coração corrompido

por sentimentos vermelhos tingidos.

Disfarçando sua natureza.

Sua malvadeza.

Eu não me imaginei perdido assim.

Não me imaginei um inútil sem destino.

Não vou saber me encontrar.

Imploro para alguém me acompanhar

nessa estrada desconhecida.

A maior desventura da minha vida.

Fellipe Mendonça
Enviado por Fellipe Mendonça em 16/02/2020
Código do texto: T6867708
Classificação de conteúdo: seguro
Copyright © 2020. Todos os direitos reservados.
Você não pode copiar, exibir, distribuir, executar, criar obras derivadas nem fazer uso comercial desta obra sem a devida permissão do autor.