Corpo sem vida
Meus olhos ardentes
Já não enxergam claramente
São janelas vazias
Com cacos do que restaram de minhas memórias e esperanças
Minhas dores?
Eternas, incessantes
Minha casa?
O exílio soturno
De lábios duros feito pedra
De mãos frias e fracas
Perdida na confusão de vozes
Desapareço de mim...
Esse corpo sem vida
banhado no rio das próprias mentiras