HORA BUCÓLICA
(Reedição)


Néscio seria, não querer
ir a fundo para não sentir
a palidez da hora
que faz o poeta entristecer!
Não sentir essa dor intrigante
que mais parece uma esfinge,
transpassando o coração e
a sangrar aos olhos, feito lança,
diante das lembranças que
calham feito mármore frio
junto a dor indefinida,
ao por do sol!

Ocaso, da hora, dormente
deixa aflitivo o poeta
em melancolias, que expiram
junto o lilás-ocre, do horizonte!
Abre os braços à solidão,
percebe o sonho esvaindo,
as flores murchando suas cores
e a pressa, não mais o apressa.
(Intensa hora)

Divina hora triste do poeta
em sua sala muda, onde
o abajur em tom de carne
encandece pensamentos vagos,
executa suas ideias na
penumbra tênue, escreve
sem parar e relata desejos
aflorados da consciência e
coração! (Pressão!)

Hora improfícua,
Arde e jaze ao nada! (Constatação!)







 
edidanesi
Enviado por edidanesi em 10/01/2020
Código do texto: T6838749
Classificação de conteúdo: seguro
Copyright © 2020. Todos os direitos reservados.
Você não pode copiar, exibir, distribuir, executar, criar obras derivadas nem fazer uso comercial desta obra sem a devida permissão do autor.