A guerra do próprio eu
Sou uma peça descartável
um homem pronto para guerra
enquanto outros se tornam uma peça imensurável
com sentimentos na goela
momentos sonhando em ser o mais forte
mas a vida me entupiu de cicatrizes
Queria ser doce como um bolo
mas tenho muito sal
estou mais para um feijão com loro
um homem sem destino e final
procurando ser o açúcar
em uma onda de amargor
nascido para sofrer
quebrando a cara para conseguir notoriedade
o que me resta é correr
da minha própria responsabilidade
comendo cicuta com gelo
vendo meu próprio funeral
Queria ser um escritor de sucesso
mas cada ano parece que esqueço de escrever
cada fase é um recesso
o precipício está na minha frente e não consigo ver
preciso lutar contra meus medos
dos meus próprios monstros
7 horas da manhã um mero estudante
confuso e indeciso
meus sentimentos ficaram em uma estante
o meu fim é o único lugar preciso
indeciso e com baixa auto estima
sem dinheiro, sem amigos e sem mina.
Cada dia mais enfermo
em um mundo de ilusões
você precisa pagar um termo
para perder suas emoções
se quer poder e notoriedade
você precisa viver em um mundo de mentiras
os anjos não virão
palavras bonitas um dia terminam
se não tiver nenhum sentimento e razão
Inverdades um dia secam
em um mar de luxos
o que você tem é um mero número
Sentimentos quebrados
a ponte está bamba
tentando ser neutro sem assumir lados
formando uma estampa
para não ferir os outros
mesmo os outros me machucando.