MEU QUARTO

Em meu quarto preto e branco,

Que estafado emudece meu calar.

Onde ressoa o equilíbrio do pensar,

Trás a tona o enleio do pranto.

Em meu quarto que me adormece,

Estua lembrancas e saudades.

Coberto desta serenidade prevalece,

Valsando a melodia e minhas privacidades.

Em meu quarto branco e preto,

Prende-me enleada a constante ironia.

Torvo ao meu conceito em torná-lo obsoleto,

Embalde a suspiros, e retorno a melancolia.

Em meu quarto que outrora envelheço,

As horas passam, e Abraço a madrugada.

Arrumo meu armário, minhas vestes embuçada,

Ditoso seja o amanhecer, em um célere recomeço.

Sergio Braziliense
Enviado por Sergio Braziliense em 28/12/2019
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