DEPOIS DO OCASO
O sol se pôs;
Vermelho e solitário,
(como eu).
A noite se expôs;
Manto imaginário,
Em mim, escureceu.
Alimento meu relicário;
Com lampejos de desejos,
Mas, sinto, no recinto,
O centeio ordinário da dor;
Que veio incolor,
No veio do desencanto;
E sem qualquer receio,
Nitriu todo o pranto;
Que a alma compôs.