O não-poema
Meus olhos querem chorar
Como meu peito já faz por anos.
Tenho um canto nunca ouvido
Músicas nunca compostas
Em violões nunca tocados
Que me doem como agulhas nas veias
E pregos nas solas dos pés.
Berram por cima das fortalezas pacíficas do meu ser
Todos os sentimentos nascidos e mortos
Apenas dentro de mim.
Eu tenho uma dor que nunca se vai.
Eu quero gritar
Mas permaneço aqui
Calado
Apenas sentindo
O meu lento e eterno ADEUS.
(Poema do livro Protestos Silenciosos, disponível na Amazon).
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