PERMANÊNCIA

Mar de ilustre sensação:

aquém que horizonte de solidão,

respirei o ar do alvorecer.

Paixão foi-se embora,

outrora batia à minha porta

beirando a macieira esgalhada

canção que dá frutos

e sombras entre-sombras

Mas espreita-me e reluz a gema preciosa.

Resplende e sonda-me

cá até o fim esta forma inconstante

além de portas que se abrem

quintal de fundo

alma de maçã

luz que sai da pedra.