Borboletas
E as três borboletas continuam...
Paralisadas, atrofiadas, antenadas
Um presente de mãos abençoadas
Porém, não voam, não flutuam...
Não sussurram, não dizem um nada
Coladas, colocadas, calcificadas...
Inertes e lindas não batem asas...
Não vão pras flores, não vão pra casa
Fiéis cuidam, e através do espelho...
Mesmo caladas dão bons conselhos
Bata suas asas, e não fique parada...
A tal solidão é só uma porta fechada.