Na Solidão da Alma
E de que vale toda a força da ironia
quando a nada se chega?
Quando apenas tem-se
encontro com a atraente solidão?
E só, aqui , não é o que está sozinho,
mas o que traz na inexplicável alma
sua reserva de solidão.
O passar do tempo degenera
a ilusão da força do cotidiano.
Chega um momento em que a prisão
avisa que quer liberdade.
Estranha, abstrata e desejável
musa é essa tal liberdade.
Não se sabe se caminho
para a felicidade,
ou se somente o feliz haverá
de encontrar liberdade.
E ser feliz pode ser tanto.
Pode ser o reconhecer-se
como tão ínfimo,
que não tenha
que carregar responsabilidades,
senão o imenso fardo
que é a si mesmo.
E toda generosidade
assim convertida em egoísmo.
Uma dolorida e tola crise
de autocompaixão.
Melhor questionar fora de si.
Quantos maus destinos
já não existirão por aí?
E, efetivamente, o quanto
de diferença isso pode fazer?
Por maior que seja nossa valentia,
quanto temor não temos
ao sentirmos a própria vulnerabilidade.
Como reconhecer a própria fraqueza,
quando antes de tudo
se necessita apoiar-se em força.
Caminhos estranhos
o do viver do mundo.
Lutamos tanto para concluir
num fim inevitável.
Somente o eterno cria poesia
a essa aridez filosófica.
E o fato não está em existir,
mas na existência,
no todo que dilata-se
além da limitação.
Nisso reside um atraente fascínio,
uma delirante fantasia,
ou uma abstração
que se encanta em pensar ver a verdade,
quando nada mais faz
do que ver parte relativa de sua face.
E de que vale toda a força da ironia
quando a nada se chega?
Quando apenas tem-se
encontro com a atraente solidão?
E só, aqui , não é o que está sozinho,
mas o que traz na inexplicável alma
sua reserva de solidão.
O passar do tempo degenera
a ilusão da força do cotidiano.
Chega um momento em que a prisão
avisa que quer liberdade.
Estranha, abstrata e desejável
musa é essa tal liberdade.
Não se sabe se caminho
para a felicidade,
ou se somente o feliz haverá
de encontrar liberdade.
E ser feliz pode ser tanto.
Pode ser o reconhecer-se
como tão ínfimo,
que não tenha
que carregar responsabilidades,
senão o imenso fardo
que é a si mesmo.
E toda generosidade
assim convertida em egoísmo.
Uma dolorida e tola crise
de autocompaixão.
Melhor questionar fora de si.
Quantos maus destinos
já não existirão por aí?
E, efetivamente, o quanto
de diferença isso pode fazer?
Por maior que seja nossa valentia,
quanto temor não temos
ao sentirmos a própria vulnerabilidade.
Como reconhecer a própria fraqueza,
quando antes de tudo
se necessita apoiar-se em força.
Caminhos estranhos
o do viver do mundo.
Lutamos tanto para concluir
num fim inevitável.
Somente o eterno cria poesia
a essa aridez filosófica.
E o fato não está em existir,
mas na existência,
no todo que dilata-se
além da limitação.
Nisso reside um atraente fascínio,
uma delirante fantasia,
ou uma abstração
que se encanta em pensar ver a verdade,
quando nada mais faz
do que ver parte relativa de sua face.