VELEIRO DA SOLIDÃO


A chuva cai suavemente!
Nas correntezas que se formam
Um barquinho de papel
Desce rua abaixo,

Mensageiro solitário
De um coração apaixonado;
Sem destino ele vai velejando
Tentando ancorar,

Num porto qualquer;
Veleiro da solidão
Penosamente seguido o seu curso
Pela marola da tarde pluviosa.

Esconde-se por entre à neblina,
E, reaparece em meio à cerração
Desenhada no cinzento firmamento;
Nada pode detê-lo.

Continua sendo levado
Pela água rua afora
Num velejar sem rumo.

Não sei de onde ele surgiu;
Nem como ele sumiu;
Quando tudo acabou
Uma linda flor se abriu.
JValdomiro
Enviado por JValdomiro em 17/11/2019
Código do texto: T6797041
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