QUANDO ME SINTO SÓ
Quando eu me pego sozinha
Em meio à minha tempestade
Eu penso em ti, mas não com carinho
E vem a raiva em companhia da vaidade
Eu que vivi fragmentos de felicidade
Me iludi, me enganei, me permiti sonhar
Isolando o egoísmo, minha doce companhia
Para em algo parecido com o amor acreditar
E eu já superei a dor da desonestidade
Mas ainda me pego de mãos dadas com a solidão
E temo não encontrar um bom refúgio
Um sentimento verdadeiro para aquecer meu coração
E se tudo na vida é ganhos e perdas
Por que em muitos momentos insisto em sofrer?
Eu que por amar demasiado a mim mesma
Deveria apenas deixar fluir - e florescer!
Éryka Patrícia Ramos Pereira (Caruaru/PE)