PARAFINA
sou
cera dura
de vela derretida
na prece
desapagada
de desenganada
graça
fumaça fétida
dos suspiros longos
nas superfícies frias
paira
e
a ladainha na voz
fraquinha de esperança
morre
nos lábios-lápide
da órfã criança
Mírian Cerqueira Leite