Oração ao Deus dos Suicidas
De manto preto recobre
As marcas que falham sua alva pele.
Alva como os ossos de um nobre
Cuja natureza Mundana repele
No pescoço o roxo da corda
Que de muitos animais retira as vidas.
Honrando aquele que não mais acorda
Rogo-lhe, ó Deus dos Suicidas
Aproxima-te de teu súdito fiel
Que não mais possui humana essência.
Sinto na boca o gosto do fel
Que macula a vida e atrofia a existência
Venha logo, meu Senhor! Corre a meu encontro.
Abraça um de seus servos que está sem mais saídas
Agora finalmente estou pronto
Para tua chegada, ó Deus dos Suicidas