O Silêncio e a Solidão
O silêncio pode ser sincero amigo.
Nele existe um templo, um confessionário íntimo.
Pode ser um bom conselheiro
Ao fazer-se de pano de fundo
de nossas emoções e sentimentos.
O que é penoso é o seu relacionamento com a solidão.
Sua amante apaixonada, sua companheira inseparável,
Que é tão bela quanto jovial,
fazendo-se desta forma tão sedutora,
Chega a assustar aqueles
que desejam apenas a eterna amizade.
Temem, assim, traírem a tão leal amigo.
Estranhos entes são estes, o feminino e o masculino,
Que de tão unidos parecem ser um só.
Sendo assim difícil relacionar-se com um,
sem o fazê-lo com o outro.
Assim é melhor acostumar-se,
resignar-se ao fato
De que ao fazer-se amigo da solidão
Haverá de ter
que respeitar o seu companheiro, o silêncio.
Não sendo, assim, seduzido por ela,
não tentando seduzi-la.
Eis que separá-los por alguma razão
pode implicar um perigo desconhecido,
Pois supondo-se viril amante da solidão,
Haverá de despertar o intenso ódio do silêncio,
fazendo-se sua vítima.
Estaria, assim, à mercê de inquietante
e ruidoso burburinho.
De outra forma poderia abraçar o silêncio
como principal amigo,
Esquecendo-se de dar atenção
à sua invulgar amante.
E então haveria de marcar-se com tatuagem,
acusando-se de insano.
Seria como um lunático
a perder o olhar assombrado na multidão.
Melhor, assim, não enfrentar o desconhecido,
congregando-se a ambos,
Não desprezando nem o silêncio,
nem a solidão,
Convidando-os como companheiros
quando quiser fugir do cotidiano.
Confessando deste modo ao silêncio,
que haverá de ser todo ouvidos,
Que apenas desfruta da beleza da solidão,
com a mais platônica das afeições.
Quem sabe assim conquiste dele
a mais sincera amizade,
E este feliz haverá de agradecer-lhe
por fazer-se também sua companhia,
Compartilhando assim da poesia
que inspira a sua eterna amada.
Encontrando enfim o seu pouso,
o lugar onde sua chegada será sempre feliz,
Onde a despedida trará sempre a saudade,
na oculta vontade,
De sempre aguardar um “até breve”.
Nele existe um templo, um confessionário íntimo.
Pode ser um bom conselheiro
Ao fazer-se de pano de fundo
de nossas emoções e sentimentos.
O que é penoso é o seu relacionamento com a solidão.
Sua amante apaixonada, sua companheira inseparável,
Que é tão bela quanto jovial,
fazendo-se desta forma tão sedutora,
Chega a assustar aqueles
que desejam apenas a eterna amizade.
Temem, assim, traírem a tão leal amigo.
Estranhos entes são estes, o feminino e o masculino,
Que de tão unidos parecem ser um só.
Sendo assim difícil relacionar-se com um,
sem o fazê-lo com o outro.
Assim é melhor acostumar-se,
resignar-se ao fato
De que ao fazer-se amigo da solidão
Haverá de ter
que respeitar o seu companheiro, o silêncio.
Não sendo, assim, seduzido por ela,
não tentando seduzi-la.
Eis que separá-los por alguma razão
pode implicar um perigo desconhecido,
Pois supondo-se viril amante da solidão,
Haverá de despertar o intenso ódio do silêncio,
fazendo-se sua vítima.
Estaria, assim, à mercê de inquietante
e ruidoso burburinho.
De outra forma poderia abraçar o silêncio
como principal amigo,
Esquecendo-se de dar atenção
à sua invulgar amante.
E então haveria de marcar-se com tatuagem,
acusando-se de insano.
Seria como um lunático
a perder o olhar assombrado na multidão.
Melhor, assim, não enfrentar o desconhecido,
congregando-se a ambos,
Não desprezando nem o silêncio,
nem a solidão,
Convidando-os como companheiros
quando quiser fugir do cotidiano.
Confessando deste modo ao silêncio,
que haverá de ser todo ouvidos,
Que apenas desfruta da beleza da solidão,
com a mais platônica das afeições.
Quem sabe assim conquiste dele
a mais sincera amizade,
E este feliz haverá de agradecer-lhe
por fazer-se também sua companhia,
Compartilhando assim da poesia
que inspira a sua eterna amada.
Encontrando enfim o seu pouso,
o lugar onde sua chegada será sempre feliz,
Onde a despedida trará sempre a saudade,
na oculta vontade,
De sempre aguardar um “até breve”.