Desequilibrado
Eu não posso erguer
A cabeça e fingir
Estar tudo bem. SER!
Quero fazer alguém rir
De felicidade por minha
Equilibrada, superada VIDA!
Mas o relógio na parede
E a ampulheta no chão
Vêm me pôr na rede
Da nostálgica tribulação!
O balanço provocou-me ...
Vômito o meu ventre trouxe!
Ando a Tropeçar como bêbado
Sem noção do perigo à vista
Ora movimento para um lado,
Ora movimento para a vidraça.
Percebo, se não melhorar,
Viverei doente de bar em bar.
Esse tempo previsto ...
Ah, bela perfeição será!
Não pisarei na garrafa de vidro,
Não quebrarei os ponteiros, verás!
No caminho da verdade, andarei.
A mulher, no tempo certo, terei!